Mosaico contemporâneo de Gougon e outras artes

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cravos enferrujados ferem as tesselas em lágrimas
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Em março de 2004 realizei três novas versões de Frida Kahlo, que coloco aqui, para repartir com o imenso fã clube que se formou em torno de sua vida e sua obra. Acho que interpretar Frida nas tesselas de mármore e granito é sempre uma atitude gratificante pela espiritualidade que passa  na execução do mosaico, conduzindo a uma reflexão sobre sua vida, seus momentos diversos, sua introspecção, que era profunda, enfim sobre dados que brotam inesperadamente à medida em que o trabalho avança. Não vou me estender mais, até porque já existe um testemunho anterior, que escrevi no ano passado, um pouco mais abaixo.
 

cabelos soltos, situação rara nos auto-retratos
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Passa certo jeito de mulher etrusca...

Sempre rodeada por animais de estimação
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Cabelos armados, rosto limpo sem adereços

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Outra vez Frida

       A realização de retratos em pedra com a figura de Frida Kahlo revelou-se para mim, ao longo dos anos, uma aventura deliciosa a que me entrego circunstancialmente, embalado pelas muitas histórias de sua personalidade exótica e  de sua vida riquíssima de episódios controversos, em que se misturam paixão, traição e solidão em seu caso de amor com o painelista Diego Rivera.

    Nascida em 1907 (e falecida em 1954), sofreu um acidente de trânsito aos dezoito anos de idade que iria trazer sequelas e deitar marcas profundas em sua arte e em sua vida. O ônibus em que embarcara para ir ao colégio colidiu com um bonde e provocou diversas mortes. Ela saiu muito ferida e chegou a ser dada como caso perdido. Mas sobreviveu, carregando no corpo e na alma as dores profundas deste trauma, que comprometeu sua capacidade de procriar.

Por tudo isso, seu perfil, seus auto-retratos sempre envolvidos com a natureza, bichos e plantas, seus balangandãs, brincos, colares, flores e fitas no cabelo fascinam na hora de traduzí-la nas tesselas de mármore e granito.

Não vi e não pretendo ver o filme de produção norte-americana a respeito de sua vida, que ora é exibido nos cinemas. Venho evitando produtos dos EUA, por razões óbvias e, apesar de meu carinho por Frida, não vou assistí-lo, pelo menos não agora.

Talvez por isso, não sei bem, acabei retornando nos últimos dias ao encontro de minhas releituras musivas da artista mexicana e realizei duas esculturas e um quadro. Neste último, abusei no uso de algumas pedras diferenciadas ao lado de minhas tesselas, digamos, clássicas. Introduzi outros elementos, como peças de ágata, quartzo verde, pedra sabão verde polida, alabastro, seixos rolados esverdeados e algumas pedras duras vermelhas recolhidas à beira do rio das Almas, em Pirenópolis. Acho que ela apreciaria essa mistura.

Gougon, em Brasília, 05 de março de 2003

Pequena escultura (opus tesselatum)
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tesselas em mármore, granito e outras pedras duras

Frida (estatueta)
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experimentos com quartzo verde(brincos) e bolinhas de gude amassadas (no colar)

Essa foi minha primeira versão de Frida Kahlo:1998
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(:A primeira Frida a gente nunca esquece)

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