Por mais que se queira ir em busca de novas emoções nas artes, a
formação pelo mosaico é sempre muito forte e irresistível. Por desafio de uma construtora de Brasília, realizei neste mês
de maio de 2006 um aparador de certa forma gigante para quem opera rotineiramente em pequenos formatos. Tem três metros
e 22 cm de comprimento por 80 cm de largura média. Como é todo ele composto por mármores, granitos, e outras pedras e também
minérios, podem imaginar o peso, coisa de mais de 100 quilos, reforçada pela massa plástica e pela estrutura em ferro.
Mas também é preciso dizer que o resultado final foi bom e agradou
em cheio aos moradores de um prédio residencial novíssimo da construtora Carvalho e Villela no setor denominado "Águas Claras",
em Brasília - uma área vizinha ao Plano Piloto, onde o gabarito é bem mais elevado, admitindo-se edifícios com até 14 andares.
Há quem diga que seja a "Barra da Tijuca" da Capital da República, não apenas pela verticalização extremada como pelo espaço
novo aberto para a classe média da cidade.
Além das pedras tradicionais, empreguei muitos vidros coloridos,
porcelanas, um pouco de cerâmica, minério de ferro (limonita), pedra sabão (apicoada), alabastro e tudo que considerei diferente
para montar um painel também com desenhos difereciados e plenos de curvas. Deu na peça que apresento aqui, que foi enobrecida
pela colocação de um grande espelho junto à parede onde a peça foi engatada.

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